Quando o seu bebê está resfriado ou desconfortável após tomar uma vacina, é natural que a preocupação bata na sua porta.
Afinal, as reações, embora esperadas e passageiras, trazem bastante desconforto tanto para o pequeno quanto para você.
E a pergunta que não sai da cabeça: o que fazer para aliviar esses sintomas e quando é hora de procurar ajuda médica?
As vacinas são indispensáveis para proteger a saúde do seu bebê de doenças graves e fortalecer seu sistema imunológico ainda imaturo.
As doses de 2 e 4 meses incluem a Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B), VIP (poliomielite), Pneumocócica 10-valente (pneumonia, otite e meningite) e Rotavírus (gastroenterites graves).
Aos 6 meses, as vacinas que se repetem são a Pentavalente e a VIP, com a inclusão da primeira dose da vacina contra Influenza, aplicada anualmente a partir dessa idade.
Muitas dessas vacinas trazem febre, dor e irritabilidade, que são respostas comuns do corpo, mas que podem te deixar preocupada.
Saber como lidar com esses sintomas de forma prática e acolhedora vai te ajudar a transformar dias difíceis em momentos de cuidado e conexão.
Neste artigo, você vai entender junto comigo como aliviar essas reações, reconhecer sinais de alerta e, acima de tudo, trazer conforto para o seu bebê e tranquilidade para você.
Vamos lá?
Por que as vacinas causam tantas reações?
Eu sei que você está preocupada. É difícil ver seu bebê desconfortável, chorando ou com febre após uma vacina.
Mas vem comigo entender o que realmente está acontecendo e por que essas reações surgem.
Quando seu bebê toma uma vacina, ele está recebendo uma pequena quantidade de vírus ou bactérias inativos ou atenuados (ou seja, enfraquecidos).
Isso não causa a doença, mas funciona como um “treinamento” para o sistema imunológico.
O corpo reconhece esses agentes como invasores e começa a produzir anticorpos, que ficarão “salvos” na memória imunológica do seu pequeno.
Assim, se no futuro seu bebê tiver contato com o agente causador da doença, o corpo dele saberá exatamente como combatê-lo.
Esse processo, embora muito importante para proteger contra doenças graves, pode gerar algumas reações, como febre baixa, irritabilidade e dor no local da aplicação.
Nada disso é motivo de preocupação. É apenas o sistema imunológico do bebê fazendo seu trabalho e criando defesas importantes.
Fique tranquila: essas reações costumam durar entre 24 e 48 horas e, com muito colo, amamentação e paciência, as reações irão embora rapidamente.
Mas fique atenta: se surgir febre alta (acima de 39°C), dificuldade para respirar, choro inconsolável ou falta de reação do bebê, busque ajuda médica imediatamente, porque esses sinais exigem uma avaliação mais cuidadosa.
Sei que momentos assim são bem desafiadores, mas é importante passar por isso para garantir que seu bebê permaneça saudável e protegido.
Maneiras de aliviar reações causadas pelas vacinas
Aquela carinha chorosa, as perninhas sensíveis, o choro diferente… corta o coração, né?
Mas calma, vou te ensinar algumas formas de ajudar seu bebê a superar esse momento com mais tranquilidade.
Mamanalgesia: o colo e a amamentação têm poderes
A mamanalgesia é a técnica de amamentar o bebê durante procedimentos dolorosos, como vacinas, coleta de sangue ou aplicação de medicamentos.
Por isso, amamentar, nesse momento, é garantir consolo, segurança e alívio para seu bebê.
Durante e após a vacina, o ato de amamentar ajuda a reduzir a dor e acalma emocionalmente o bebê.
Seu contato, cheiro e voz funcionam como um calmante natural. E, se você usa sling, esse é o momento de aproveitá-lo bastante.
Isso porque carregar o bebê bem juntinho ajuda a reduzir a irritabilidade e traz aquele aconchego que só você, mãe, consegue dar.
E uma outra dica extra para combinar colo e amamentação é criar um ambiente tranquilo com pouca luz e sons suaves para trazer mais conforto emocional.
Resfriar o local da aplicação
Para aliviar a dor e o inchaço no local da aplicação, as compressas frias são super indicadas!
Mas, fique de olho… Nunca aplique gelo diretamente na pele. Sempre use um paninho como proteção e mantenha a compressa por alguns minutos.
Agora, eu vou te dar uma dica especial, de mãe para mãe: folha de repolho gelada.
Higienize bem, coloque na geladeira e depois posicione sobre o local da vacina. Ela é fresquinha e ajuda muito a aliviar o desconforto.
Parece simples (e até bobo, né?), mas funciona demais para aliviar os sintomas!
E quando a febre ou a dor persistem?
Se o bebê apresentar febre ou estiver muito desconfortável, você podede recorrer ao banho morno como solução.
Ele relaxa o pequeno, baixa a temperatura naturalmente e ajuda a aliviar as tensões do corpinho.
Se a febre persistir ou o desconforto for muito grande, a medicação pode ser necessária. O pediatra do seu filho irá indicar qual antitérmico é o mais indicado para o caso dele.
Com esses cuidados, em um ou dois dias, seu pequeno estará sorrindo de novo. Eu garanto!
E você, mãe, sairá ainda mais confiante, sabendo que proporcionou todo o amor e cuidado que ele precisava nesse momento.
Quando levar o bebê ao médico?
A maioria das reações às vacinas é normal e passageira, mas eu sei como é: basta algo parecer um pouquinho diferente e já bate aquela preocupação.
Por isso, é importante estar atenta a alguns sinais que podem indicar a necessidade de buscar ajuda médica.
Primeiro, monitore seu bebê nas primeiras 48 horas após a vacinação. É nesse período que as reações mais comuns, como febre leve e irritabilidade, tendem a aparecer e desaparecer.
Mas, se algo fugir do esperado, preste atenção aos sinais de alerta, que são:
- Febre persistente acima de 39°C que não melhora com medidas como banho morno ou medicação orientada pelo pediatra;
- Dificuldade para respirar, como respiração muito acelerada ou sinais de esforço, como o uso excessivo da barriguinha;
- Letargia ou prostração, que é quando o bebê está extremamente quieto e não responde a estímulos como antes;
- Choro inconsolável por longos períodos, diferente do choro normal de incômodo;
- Inchaço ou vermelhidão significativa no local da aplicação, especialmente se acompanhado de calor intenso ou aumento rápido do tamanho.
Esses sinais merecem atenção imediata, então não pense duas vezes para procurar o pediatra ou mesmo um pronto atendimento se algo parecer fora do normal.
E, acima de tudo, confie no seu instinto materno. Quer mais dicas para tornar o primeiro ano do seu bebê mais leve e especial?
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