Bebê resfriado por aí e você não sabe como agir? Isso é bastante comum nos primeiros meses de vida, principalmente quando chegamos nas estações outono e inverno, em que o tempo seco e as temperaturas mais baixas contribuem para desenvolver doenças respiratórias. 

Porém, um resfriado não precisa ser, necessariamente, um indicativo para ir ao hospital, já que o deslocamento e o tempo de espera pode ser estressante para pais e bebês.

É importante identificar os sinais de desconforto, entender como aliviá-los e quais são os alertas de que é o momento de ir para o hospital. 

Nas próximas linhas, você vai entender mais sobre os resfriados em bebês e quais são os melhores métodos para garantir o bem-estar do seu filho. 

Como identificar os sintomas em um bebê resfriado?

Um bebê resfriado apresenta uma série de sintomas que são facilmente observáveis, como a congestão nasal, tosse, febre leve e irritabilidade. 

A congestão nasal é um dos primeiros sinais de resfriado e causa um desconforto bem grande no bebê, principalmente durante a alimentação e o sono. 

Além disso, a tosse causa incômodo, mas é resultado da tentativa do corpo de limpar o excesso de muco nas vias respiratórias. 

A febre, por sua vez, aparece no resfriado de modo leve, sendo uma resposta do sistema imunológico à infecção viral. 

Por isso, é importante monitorar a temperatura do bebê regularmente. Caso a temperatura esteja muito alta, acima de 38,5º, ou a febre seja persistente, é um sinal de que pode se tratar de uma infecção mais grave, como gripe ou infecção pulmonar. 

Unindo esses sintomas que causam desconforto, o bebê começa a apresentar irritabilidade e choro frequente para mostrar que não está se sentindo bem. 

Então, para classificar o resfriado, é importante observar as seguintes questões: 

1. Se os sintomas são leves ou moderados, é um resfriado. A gripe costuma causar febre alta, dores musculares e mal-estar mais acentuado; 
2. O bebê está com dificuldade para respirar? Isso pode ser um sintoma de infecções pulmonares, como bronquiolite ou pneumonia;
3. Se o bebê está respirando muito rápido, é um sinal de que ele está lutando para respirar devido à congestão nasal acentuada e pode ser sinal de gripe; 
4. Monitore a alimentação e os padrões de sono do bebê para identificar se ele tem dificuldades para dormir e para se alimentar. 

Compreendendo quais são os principais sintomas de um resfriado e quando esses sintomas exigem uma atenção especial, é mais fácil para os pais e cuidadores darem o próximo passo: aliviar os sintomas e buscar ajuda médica. 

Como aliviar os sintomas de resfriado em bebês?

Quando você tem um bebê resfriado em casa, o primeiro passo é proporcionar conforto e cuidados básicos para aliviar os sintomas, evitar o progresso da doença e acelerar a recuperação.

Para isso, existem várias estratégias que os pais podem adotar, como:

• Manter o bebê bem hidratado: aumente a oferta de líquidos, seja leite materno, fórmula infantil ou água (para bebês maiores de 6 meses), já que a hidratação ajuda a fluidificar o muco, facilita a respiração e expulsa secreções;
• Fazer lavagem nasal: você deve utilizar soro fisiológico para lavar o nariz e desobstruir as vias respiratórias. O ideal é que o soro esteja em temperatura ambiente, para isso basta tirar da geladeira alguns minutos antes de usar.
• Manter o ambiente úmido: um umidificador de ar ou uma bacia com água no ambiente em que o bebê está ajuda a manter as vias respiratórias úmidas e facilitar a respiração; atenção à segurança, caso você deixe a bacia de água no chão.
• Garantir um ambiente tranquilo para o bebê: ao reduzir a exposição do bebê a estímulos externos, como ruídos altos e luzes fortes, o bebê descansa melhor;
• Monitorar a temperatura regularmente: se o bebê estiver com febre, retire as roupas extras e mantenha-o com roupas leves para ajudar a regular a temperatura corporal.
• É preciso ficar atento aos sinais de complicações e, caso o bebê piore em seus sintomas, é fundamental buscar apoio médico. 

Em muitos casos, é possível tratar resfriados em casa, sem a necessidade de se deslocar ao hospital.

Quando é o momento de levar o bebê resfriado ao hospital?

Embora a maioria dos resfriados possa ser tratada em casa com as estratégias que vimos aqui, existem sinais de alerta que apontam para a necessidade de consulta médica o quanto antes. Vamos ver quais são eles:

Dificuldade para respirar

Um bebê resfriado pode ter dificuldade para respirar por conta da congestão nasal, mas se a respiração está rápida, se há dificuldade de respirar mesmo depois da limpeza nasal ou se as costelas estão se movendo para dentro e para fora durante a respiração, é preciso buscar ajuda médica imediatamente. 

Isso porque esse sinal indica que o bebê não está recebendo oxigênio suficiente. A febre também pode aumentar a frequência respiratória do bebê.

Febre alta ou persistente

Outro fator importante é a febre, que se estiver superior a 38,5ºC ou se não passar com remédio, é sinal de infecção que a infecção pode ser mais grave e requerer um tratamento especializado. Nesse caso, o bebê deve ser avaliado por um pediatra.

Desidratação

Mais um sinal de que é o momento de ir para o hospital é a desidratação, que pode ser observada caso o bebê tenha boca seca, choro sem lágrimas ou fraldas menos molhadas que o normal. 

A desidratação é comum quando o bebê está recusando a amamentação ou outros líquidos ou se passou por episódios de vômito. 

Bebê amuado

Um outro fator que pode ser observado é o estado de alerta do bebê, que se estiver mostrando sono excessivo, com dificuldade de acordar ou muito irritado, apresenta sinais de que o resfriado está evoluindo. 

É claro que o bebê fica mais quietinho durante um resfriado, mas não é esperado que ele fique totalmente parado, sem brincar, apenas chorando ou com muitos sinais de desconforto.

Palidez

Por fim, um sinal menos comum é a descoloração da pele, como pele pálida ou meio cinzenta, com maior incidência ao redor dos lábios e unhas, que indica falta de oxigenação adequada. Isso pode indicar grande gravidade!

Portanto, observar esses sinais é o que vai determinar o momento de ir para o hospital e garantir a segurança e a saúde do bebê. 

Garanta o bem-estar do seu bebê! 

Cuidar de um bebê resfriado é um grande desafio, que pode ser superado com atenção aos sinais de alerta e medidas adequadas para aliviar os sintomas em casa. 

Além de todos esses cuidados, esteja alerta também às medidas de prevenção, como garantir um ambiente limpo, livre de poluentes e evitando contato com pessoas doentes. 

Esses são os principais cuidados com a saúde do seu bebê, principalmente durante o período do inverno, em que a propensão para ter resfriados é maior devido ao clima. 

Quer se aprofundar ainda mais nos cuidados com o seu filho nos primeiros meses de vida?